Estabelecendo as suas Linhas de Chegada

Estabelecendo as suas Linhas de Chegada

O que as corridas de Fórmula 1 nos ensinam sobre o Planejamento de Vida

Lembro-me como foi emocionante assistir ao último Grande Prêmio Brasil de F1 em novembro passado (2019)! Confesso que já fazia um bom tempo desde a última vez que me acomodei num sofá para acompanhar um Grande Prêmio de cabo a rabo.

Acho que, como muita gente, acabei perdendo o interesse pela modalidade desde a trágica, súbita e precoce interrupção da carreira do nosso inesquecível Ayrton Senna, há 26 anos atrás. Aliás, um elemento adicional ao pacote GP Brasil em 2019 foram as várias homenagens prestadas ao nosso tricampeão e que trouxeram de volta à memória as manobras arrojadas, a técnica e ousadia nas pistas molhadas, as vitórias épicas…

Quem não se emociona até hoje ao rever as cenas da vitória em Interlagos, em 1991, quando o Senna teve que conduzir o carro com apenas uma marcha nas últimas quatro voltas da corrida! Terminou a corrida exausto e quase não teve forças para erguer o troféu. Mas para quem venceu a prova como ele venceu, não cumprir o ritual da vitória e deixar de brindar o público no lugar mais alto do pódio não era uma opção! Ergueu o troféu como um herói e o seu gesto continua nos motivando e nos emocionando até hoje!

E para falar em Linhas de Chegada no contexto do seu planejamento de vida, o cenário da Fórmula 1 me parecer ser um paralelo perfeito. Cruzar a linha de chegada e contemplar a bandeira quadriculada tremulando a sua frente é o grande objetivo de qualquer piloto!

Não fosse por um objetivo claro, bem definido, pensado e planejado (cruzar a linha de chegada), todo o esforço e recursos envolvidos na preparação e na execução ao longo da corrida não fariam qualquer sentido.

Na F1 – Fórmula 1 isso é muito claro, mas em nosso contexto de vida e planejamento financeiro a definição de objetivos, ou das Linhas de Chegada, pode não ser tão simples assim.

Como pensar em Linhas de Chegada, em objetivos claros e específicos relacionados à nossa qualidade de vida e à nossa capacidade de acumulação de patrimônio financeiro e não financeiro, se vivemos num mundo que nos pressiona incessantemente para o consumo desenfreado onde o céu é o limite (“go infinity, and beyond!”)?

E assim as Linhas de Chegada parecem se mover para lugares cada vez mais distantes e inatingíveis, ao sabor dos modismos e das últimas tendências impostas pela mentalidade do TER em detrimento do SER.

Pois bem, mais uma vez o convite para a reflexão do papel do dinheiro em nossas vidas é inevitável. E a pergunta central e por vezes incômoda é “o quanto é suficiente?”.

O estabelecimento das nossas Linhas de Chegada sugere uma conversa franca e honesta sobre o quanto julgamos ser suficiente para a manutenção ou atingimento de patamares desejáveis de qualidade de vida. Obviamente, essa não é uma ciência exata, mas certamente nos fornece referências importantes para objetivos futuros a serem conquistados (lembra da bandeira quadriculada?).

E como chegar às suas Linhas de Chegada?

Voltando ao GP Brasil, ouvi dos comentaristas que esse foi disparado o GP mais emocionante da temporada! Quanta estratégia, trocas de pneus, alternância de posições e, no final o inesperado… a colisão entre as duas Ferraris!

Fico imaginando a complexidade do planejamento para cada corrida: quais os pneus ideais para cada momento da prova; quantas paradas nos boxes; quanto combustível… E a equipe de apoio? Quem é responsável pelo quê? Quais os sistemas de telemetria… E se… chover? Estourar um pneu? Como fica a segurança do piloto? Tudo isso e muito mais para garantir que o objetivo final seja alcançado (olha a bandeira quadriculada aí de novo!).

Assim é o verdadeiro planejamento financeiro pessoal, que além de auxiliar na definição dos objetivos de vida (Linhas de Chegada), se preocupa em desenhar a estratégia adequada para que a jornada seja concluída com sucesso, a despeito dos eventos inesperados e acidentes de percurso, uma vez que estes terão seus efeitos minimizados por uma boa e responsável gestão de riscos.

Aposentadoria, a compra de um imóvel, a troca do carro, a educação dos filhos… Como quantificar objetivos como esses, e como definir estratégias que vão desde uma gestão responsável e intencional do orçamento, alocação de recursos em modalidades de investimentos financeiros alinhadas e coerentes com os objetivos estabelecidos e a formatação de um portfólio de seguros que garanta a tranquilidade e segurança diante das incertezas da vida?

A resposta não é trivial, e certamente demanda não apenas competência técnica, mas também uma relação de confiança mútua e alinhamento de princípios e valores entre o profissional de planejamento financeiro e o cliente.

Gostaria de encorajá-los a refletir sobre as suas Linhas de Chegada, sob a perspectiva dos princípios bíblicos de mordomia cristã e generosidade (“o quanto é suficiente?”).

Lembrando da importância do planejamento financeiro frente às surpresas e incertezas ao longo da jornada. Pois assim é a vida… tão dinâmica, mas ao mesmo tempo tão bela e preciosa para não ser vivida e celebrada intensamente a cada minuto. Que seja assim então, bem planejada, repleta de propósito e significado eternos!

Se quiser conversar mais a respeito, por favor não deixe de entrar em contato pelo e-mail contato@bridgen.com.br. Esperamos por você!

 

 

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