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Conexão divina entre fé e dinheiro

A conexão divina entre a fé e o dinheiro. Artigo publicado originalmente na Ultimato Online.

 

A despeito das nossas tentativas de dissociar fé de finanças, Deus as vê de forma inseparável. Por vezes somos levados a criar uma separação entre o sagrado e o secular, entre o espiritual e o carnal, enfim, entre as coisas que se relacionam com Deus e as coisas restritas ao nosso mundo material. Isso também pode acontecer quando pensamos na relação entre fé e dinheiro.

Essa dualidade tende a gerar um desengajamento quando nos distanciamos de uma vida piedosa e generosa, fruto da transformação genuína do coração alcançado pelo amor de Jesus. É como manter compartimentos estanques na vida. De um lado a fé e a esperança de um lar eterno, e de outro a manutenção de hábitos e estilo de vida neste mundo, totalmente a serviço de nossas próprias conveniências e conforto.

É comum observarmos uma certa inquietação com o trato do tema dinheiro em nossas igrejas, o que é perfeitamente compreensível, uma vez que o simples fato de falarmos sobre dinheiro por si só já é um desafio relevante. No artigo Atribuindo propósito e significado eternos às suas finanças pessoais, abordamos a complexidade de se tratar do tema, já que o dinheiro traz consigo a incrível capacidade de se relacionar a aspectos mais íntimos do nosso coração e revelar traços de nosso caráter. De fato, esse deveria ser o motivo para darmos a importância devida à conexão entre a nossa fé e o dinheiro.

Já sabemos que a Bíblia trata sobejamente sobre o tema do dinheiro. No livro The Treasury Principle, Randy Alcorn nos traz insights muito interessantes a respeito do que ele chama “a conexão do dinheiro”. A questão central é a ênfase que o próprio Jesus dá ao tema, ao fazer menção sobre dinheiro e posses materiais em várias de suas parábolas e ensinamentos. Randy Alcorn atesta que mais de 15% de tudo o que Jesus falou está relacionado ao tema dinheiro – mais que todos os seus ensinamentos sobre céu e inferno juntos!

Mas qual seria a razão de tanta ênfase a respeito do dinheiro, um tema tão mundano? A resposta é a conexão estreita e fundamental entre a nossa vida espiritual e a forma como lidamos com o dinheiro. A despeito das nossas tentativas de dissociar fé de finanças, Deus as vê de forma inseparável.

Vamos às Escrituras para conferirmos essa verdade.

 

Fé e Dinheiro nas Escrituras

Encontramos um primeiro exemplo no relato de Lucas, capítulo 3. O contexto é a resposta de três grupos distintos de pessoas à mensagem veemente e confrontadora de João Batista sobre arrependimento e salvação (ver versículos 7 a 14).

No versículo 10, Lucas narra que as multidões perguntavam a João Batista: “O que devemos fazer?”. Para essas pessoas, sua resposta é direta e prática: “Se tiverem duas vestimentas, deem uma a quem não tem. Se tiverem comida, dividam com quem passa fome”. Observe que João Batista não titubeia em relacionar a nova disposição das vidas transformadas pelo arrependimento de pecados ao exercício da generosidade, do compartilhar de bens materiais.

O segundo grupo formado por cobradores de impostos também se aproxima de João Batista com a mesma pergunta: “Mestre, o que devemos fazer?”. A resposta é certeira: “Não cobrem impostos além daquilo que é exigido” (v. 12 e 13). Novamente somos surpreendidos pela conexão direta entre o coração e o bolso daqueles que aceitam de forma verdadeira a mensagem de arrependimento e salvação!

O terceiro grupo, o de soldados, não foge à regra (v. 14). A mesma pergunta, “O que devemos fazer?”, e o mesmo teor na resposta: “Não pratiquem extorsão nem façam acusações falsas. Contentem-se com seu salário”. Uma abordagem econômica ao que deveria estar sendo tratado no âmbito espiritual, diriam alguns. Mas é exatamente esse o ponto. Em suas respostas, João Batista apenas demonstra a indissociabilidade entre fé e dinheiro. Corações transformados pela fé salvífica são chamados a testificar a respeito de sua nova disposição de vida através do desprendimento das coisas materiais. Caem os ídolos, e Jesus assume a prioridade absoluta assentando-se no trono da vida.

João Batista nos ensina que a forma como abordamos as questões relacionadas a dinheiro é central para a nossa vida espiritual.

Outras passagens reforçam essa verdade. Como não lembrar da transformação radical de Zaqueu ao ter um encontro verdadeiro com Jesus (Lucas 19.1-10). O chefe dos cobradores de impostos entendeu como o coração transformado pelo amor de Jesus se conecta de forma prática e impactante ao bolso. Num ímpeto de justiça e generosidade, declara que dividiria metade de sua riqueza com os pobres e devolveria quatro vezes mais àqueles que porventura haviam sido explorados na cobrança dos impostos! As palavras de Jesus coroam esse episódio com graça e júbilo: “Hoje chegou salvação a esta casa!” (v. 9). A atitude de Zaqueu em relação às suas posses materiais testifica sobre a transformação radical experimentada pelo seu coração.

O livro de Atos relata como os novos convertidos se mobilizavam no compartilhar de seus bens com os mais necessitados (Atos 2.45, 4.32-35). A passagem de Paulo por Éfeso foi impactante ao ponto de levar aqueles que outrora praticavam feitiçarias a queimar em praça pública todos os seus livros de encantamento. Agora, notem o valor dos livros incinerados: cinquenta mil moedas de prata (50 mil dracmas), o que em valores atuais equivaleria a R$ 10 milhões1 (Lc 19.19)! Certamente os mágicos haviam encontrado o seu verdadeiro tesouro!

Por fim, vale também destacar o encontro de Jesus com um jovem rico (Mt 19.16-22). Esse episódio retrata com clareza o dilema da dualidade gerando desengajamento. No esforço de manter uma vida compartimentalizada e dual, o jovem devoto e justo na observância das leis renuncia a um relacionamento íntimo com Jesus. Prefere se distanciar, eventualmente mantendo-se fiel ao seu elevado padrão de conduta, mas triste por não ser capaz de atender ao chamado do Mestre “porque tinha muitos bens”.

Que sejamos inspirados e desafiados a viver de forma impactante neste mundo.

Que as nossas ações sejam permeadas de generosidade e entrega, demonstrando de forma inconteste que a conexão entre a nossa fé e dinheiro, entre a fé e as nossas finanças proclama a esperança eterna que guardamos como tesouro maior em nossos corações.

Nota
1. Uma dracma equivalia ao valor de um dia de trabalho. Considerando R$ 200,00/dia, chegamos a R$ 10 milhões.

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